quinta-feira, 28 de novembro de 2013

7 dicas para alcançar metas e objetivos dentro e fora do tatame.



Você tem se sentido desmotivado? Tudo o que faz parece dar errado?

Então sem dúvida este artigo foi escrito pra você. Neste post escrito por Raúl Candeloro, palestrante e editor das revistas VendaMais® e Motivação®, para o site Administradores e adaptado para a realidade dos atletas de jiu-jitsu. Veja aqui 7 dicas para alcançar metas e objetivos dentro e fora do tatame.

1- Encontre uma razão

A maioria das pessoas desiste facilmente porque na verdade não tem uma razão séria para continuar. Se quiser atingir seus objetivos, encontre uma razão para aquilo. Um motivo tão forte, tão motivador, tão contagiante, que todas as dificuldades que surgirem parecerão pequenas. Quando parecer que lhe faltam forças, é porque na verdade está faltando um motivo. Encontre uma forte razão, e força é o que nunca mais lhe faltará.
As razões no jiu-jitsu podem ser as mais variadas possíveis, pode ser apenas perder peso, aliviar o stress, subir de faixa, enfim. Qual o seu verdadeiro motivo para praticar jiu-jitsu, você já se perguntou a respeito disso?

2- Dedicação e persistência

Nada vem de graça na vida, na vida o que vem fácil, vai fácil e você já deve ter ouvido isso muitas vezes. E sem dúvida você já conseguiu pelo menos uma vez na vida sentir o gosto de conquistar algo que era muito difícil, quase impossível.
Se você parar para pensar, com certeza vai se lembrar de alguma vez que tentou alcançar um objetivo que parecia impossível, mas com muita persistência e determinação, você conseguiu. Mas só porque você levou aquilo a sério e realmente se dedicou. Ao tomar a decisão de alcançar um objetivo, leve isso muito a sério.

3- Identifique onde pode melhorar

Antes de começar a ficar como louco tentando ser melhor em tudo, faça uma lista sincera de pontos onde precisa melhorar. Anote tudo o que vier a sua cabeça, posições que não domina, pontos que tem maior dificuldade e então comece a eliminar, uma por uma, as barreiras entre você e seus objetivos. 
A montagem da lista ajuda você a manter o foco nos pontos que identificou como sendo pontos de melhoria, é muito importante faze-la, mas tão importante quanto fazer é monitorar os seus avanços.
Isso funciona também para outras atividades não relacionadas ao jiu-jitsu. Todos os dias ao acordar você tem duas escolhas a fazer: continuar com os hábitos destrutivos que você tem, ou livrar-se deles e começar a melhorar imediatamente. Faça a lista também dos pontos de melhoria na sua vida pessoal.

4- Cuide-se e reconheça seus limites

Muitas vezes vemos pessoas estão obcecadas correndo atrás de seus objetivos, que esquecem de cuidar da sua saúde física e mental. Elas podem simplesmente não conseguir dar 100% de si em todos os momentos, por mais que tentem com afinco.
Ter uma vida equilibrada, com hábitos saudáveis e descansos regulares é muito importante. Na verdade podemos dizer que isso é fundamental para que os resultados sejam alcançados de forma duradoura e permanente.

5- Pensamento Positivo

Otimistas conseguem mais, e ainda por cima aproveitam melhor a viagem!
Na dúvida, seja um otimista. Se você vai pensar alguma coisa, que seja positiva e encorajadora. Faça com que seus pensamentos enriqueçam sua vida, não o contrário.
É você quem escolhe o que vai pensar, então porque não escolher coisas boas?
Temos uma máxima no jiu-jitsu que diz: “No jiu-jitsu você nunca perde, ou você vence, ou aprende”. Isso é pensamento positivo! Tirar o melhor até quando os resultados saíram como o esperado.

6- Exercício de maluco, converse com você mesmo

Experimente conversar com você no banheiro olhando nos seus olhos em frente ao espelho. Parece coisa de maluco, mas ao fazer isso você cria um compromisso maior e consegue colocar pra fora tudo o que muitas das vezes teria vergonha de dizer e gostaria de ouvir.
Ao falar com você mesmo, use termos positivos. Muitas vezes seu pior inimigo é você mesmo!
Aquela vozinha interior dizendo “Vai dar errado! Não vai funcionar! Você é burro mesmo! Você já tentou e não conseguiu – desista!”.
Essa repetição constante acaba criando correntes mentais? Barreiras imaginárias que nos impedem de alcançar objetivos. Então quando conversar com você mesmo, seja um guru sábio, otimista e paciente, não um chato negativo e cobrador, como muitas vezes fazemos.

7- Pensamento positivo só surte resultado com ação positiva

Depois de tudo isso, só falta agir! Não existe sucesso somente com pensamento positivo. NÃO MESMO!
Você tem que fazer algo. Você já tem o objetivo, já sabe o que tem que fazer, então faça!
Uma sensação de urgência, de pressa, é o que diferencia as pessoas de sucesso do resto. Elas agem. Fazem. Erram, aprendem e voltam e fazem de novo, só que desta vez melhor.
As outras seis dicas não servem para nada se você não colocar esta sétima em prática.

Para terminar

Atingir os resultados e conseguir ir além do que se foi até hoje, não é tão difícil quanto parece, mas requer uma grande disciplina, perseverança e força de vontade. A maioria das suas frustrações se devem ao fato de ter desistido cedo demais ou se dedicado menos do que precisava.
A chave do sucesso está dentro de você, seja melhor que a sua melhor desculpa.

Fonte: http://www.aprendajiujitsu.com.br/7-dicas-para-alcancar-metas-e-objetivos/

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

5 lições do jiu jitsu que levamos para vida

Você é o que você faz!

Praticar jiu jitsu te faz trabalhar além do aspecto físico, diversos elementos comportamentais, emocionais e disciplinares.
Disciplina nos treinos, trabalho em equipe, respeito hierárquico e muito mais. No jiu jitsu trabalhamos fortemente a parte disciplinar e emocional para que assim possamos formar não apenas atletas, mas indivíduos melhores.
1. Sentir medo é normal
Isso é parte natural do ser humano. Enfrentá-los é o que nos diferencia. No jiu jitsu aprendemos que mesmo com medo é importante seguir em frente e aprendemos também que é normal nem sempre dar tudo certo, ganhar e perder faz parte.
2. Não estamos sozinhos
Nossos objetivos individuais devem ser compartilhados e trabalhados em grupo, para que possamos alçar vôos mais altos. Na vida também devemos agir desta forma, buscar amigos para que possamos apoiar uns nos outros e irmos mais longe.
3. Ajude os outros a evoluírem e evolua ainda mais! 
A evolução dos que te cercam é fundamental para a sua evolução. Claro! O seu nível individual tem relação direta com o nível dos seus treinos, ou seja, o nível dos seus parceiros. Ser o pior entre os melhores é melhor do que ser o melhor entre os piores.
4. Ganhar faz parte, perder também!
Aprendemos no jiu-jitsu que em algumas lutas vamos nos dar bem, em outras não, mas assim é a vida, nem sempre ganhamos. Aprender a lidar com as vitórias e administrar as derrotas é fundamental para a formação de seres humanos melhores.
5. Sua mente pode ser o seu principal adversário.
Controle a mente sempre, ela pode te sub ou super valorizar, inflando seu ego ou acabando com sua auto estima, não se sobreponha a razão. O Ego inflado torna as pessoas arrogantes e limitadas, muitas das vezes o ego impede um atleta de progredir por se achar o melhor, no outro lado da balança, existem as pessoas que tem medo de tudo, não confiam em si mesmas e tem sua auto estima lá no chão.
Lute para não estar em nenhum desses extremos, você tem forças e fraquezas, entenda cada uma delas e tente ser melhor em ambas.

Considerações sobre as lições de jiu jitsu pra vida

O praticante  exemplar de Jiu Jitsu conhece o poder da cooperação, trabalha em equipe, luta ao lado do time, se esforça para que os outros também atinjam os seus sonhos. Uma pessoa exemplar também age assim com seus amigos, familiares e pessoas que compõem sua rede de contatos.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Alguns princípios e conceitos do Bushidô aplicados à Gestão de Negócios



         N’O Livro dos Cinco Anéis, de Miyamoto Musashi, constam alguns princípios e conceitos que podem ser transpostos para aplicação na gestão de negócios:

A importância do olhar: O olhar deve ser abrangente e amplo. É importante ver as coisas distantes como se estivessem próximas, e olhar de longe as coisas próximas;
A desintegração: Tudo pode se desintegrar e não se pode desperdiçar as oportunidades. Quando o inimigo/adversário/concorrente começa a desmoronar, você deve persegui-lo sem permitir que escape. Se deixar de tirar vantagem quando o rival desmorona, ele poderá se recuperar. Então, quando o inimigo perde o ritmo e desmorona, fixe os olhos nele e não lhe dê trégua, atacando-o para não deixá-lo se recuperar. Se deixar passar a oportunidade, ele poderá se recuperar e não ser tão negligente depois.
Mover a sombra: Este princípio é usado quando não se consegue saber o que o inimigo está pensando. Quando não for capaz de ver a posição do inimigo, finja que está prestes a atacar com violência, só para ver o que o inimigo fará.
Competir em estatura: Quando se aproxima bem do inimigo, num confronto direto, deve-se competir com ele por uma estatura superior, ou seja, deve-se tentar se mostrar “maior” que o inimigo para se obter vantagens desta posição.
Tornar-se o inimigo: Significa colocar-se no lugar dele. As pessoas tendem, por exemplo, a pensar que um ladrão preso dentro de casa é um inimigo fortalecido; mas, nos colocando no lugar do inimigo, sentiremos que todos estão contra nós e que não há escapatória. “Aquele que está preso dentro é um faisão; Aquele que entra para prendê-lo é um falcão”. Pense nisso.
Causar a perda do equilíbrio: Causar a perda do equilíbrio do inimigo sempre traz vantagem competitiva. Muitas coisas podem causar a perda do equilíbrio, dentre elas o perigo, o sofrimento e a surpresa.
Provocar medo: O susto acontece com freqüência, causado pelo inesperado. Você pode amedrontar o inimigo não pelo que apresenta aos olhos dele, mas fazendo uma força pequena parecer grande, ou amedrontando-o sem advertência.
Semear a confusão: Significa fazer o inimigo perder a decisão. Pode-se usar as tropas para confundir o inimigo no campo. A vitória é certa quando o inimigo é pego em um ritmo que confunde o seu espírito.
Mudar a montanha para o mar: Este princípio desaconselha a repetir a mesma estratégia/tática várias vezes quando se enfrenta o inimigo. “Pode não haver outro jeito, a não ser fazer duas vezes a mesma coisa, mas não tente fazer uma terceira vez”. Se fizer um ataque e este falhar, há poucas chances de sucesso se usar o mesmo método de novo.
O comandante conhece seus homens: Com a sabedoria da estratégia, pense no inimigo como seus próprios homens. Quando pensar assim, você será capaz de movê-lo à vontade e de persegui-lo como quiser.
Um corpo de pedra: “Depois de ter dominado o Caminho da Estratégia, você poderá repentinamente transformar seu corpo em uma pedra e dez mil coisas não poderão movê-lo”.
Fonte: O Livro dos Cinco Anéis – O verdadeiro sentido da estratégia, de Miyamoto Musashi; Editora Laselva.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Os lemas do Aikidô – Massanao Ueno




         O Sensei Massanao Ueno baseou-se nos pensamentos de Morihei Ueshiba (fundador do Aikidô Moderno) para resumir a filosofia do Aikidô em 14 lemas que contém a essência dessa Arte e são uma inestimável referência mental para assimilação dos princípios que norteiam o Aikidô.
        
1.      Manter a disciplina;
2.      Não se enervar;
3.      Não se entristecer;
4.      Não possuir sentimento hostil;
5.      Ser compreensivo e tolerante;
6.      Ser tranqüilo;
7.      Ser pacífico;
8.      Manter a ética;
9.      Fazer amizade com todos;
10.  Respeitar a Deus e as pessoas;
11.  Ser humilde;
12.  Ser justo e honesto;
13.  Concientizar-se que o Aikidô é um dos caminhos que leva a Deus;
14.  Concientizar-se que a prática do Aikidô tem por princípio o auto-conhecimento.

Extraído do livro Aikido Curso Básico (Wagner Bull e Luciano Noehme)

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Os Vinte Princípios do Karatê – Gichin Funakoshi



          Gichin Funakoshi, considerado o Pai do Karatê Moderno, resumiu seus pontos de vista sobre a arte em seus Vinte Princípios do Karatê.
        
1.      Nunca esqueça que o Karatê começa e termina com respeito;
2.      Não há primeiro ataque no Karatê. Esse princípio pode ser entendido de forma literal, através da máxima “Se acontece um problema, bloqueie os golpes de seu oponente sem golpeá-lo de volta; deixe que ele derrote a si mesmo”, ou figurativamente “Paciência e firmeza são as marcas de um verdadeiro praticante de Karatê”;
3.      O Karatê promove a honestidade;
4.      Primeiro conheça você mesmo e depois conheça os outros. Consta que decorre de um ensinamento do mestre Azato que dizia “Se você se conhece e conhece bem seus oponentes, você nunca perderá”;
5.      Melhor que técnica física, técnica mental;
6.      Deixe sua mente vagar livremente. Tem relação com um conselho dado pelo mestre zen Takuan ao espadachim Yagyu Munenori: “Se permitir que sua mente se fixe em algo, você perde sua habilidade de responder”;
7.      Desatenção e negligência causam infortúnio. Para Funakoshi, um praticante de Karatê deve estar sempre atento. Ele próprio sempre agia com cuidado ao se aproximar de esquinas, ao abrir portas e mesmo quando comia com pauzinhos, tomando sempre o cuidado para nunca deixar sua atenção diminuir;
8.      Nunca pense que o Karatê é praticado apenas no dojo;
9.      O Karatê é uma busca para a vida inteira. Conta-se que, em seu leito de morte, Funakoshi ainda repassava os katas em sua mente, tentando melhorá-los;
10.  Tudo que você enfrenta é um aspecto do Karatê; descubra aí a maravilhosa verdade;
11.  O Karatê é como água fervente; se você não mantém a chama alta, ele se torna morno. “Para cada dia de prática a que você falta, perdem-se os efeitos positivos de três dias anteriores de treino”, ensinava Funakoshi aos seus alunos;
12.  Não pense em ganhar; pense em não perder;
13.  Responda de acordo com seu oponente;
14.  Conduza a batalha com estratégia natural;
15.  Considere suas mãos e seus pés como espadas afiadas;
16.  Saia de casa e encontrará dez mil adversários. Outro princípio que reforça a idéia de estar sempre vigilante;
17.  Aprenda diferentes posturas como principiante, mas depois confie numa postura natural;
18.  Os katas devem ser praticados corretamente; combate real é outra questão;
19.  Nunca se esqueça de seus pontos fortes e de suas fraquezas, das limitações de seu corpo e da qualidade relativa de suas técnicas;
20.  Dê polimento contínuo à sua mente.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Os Cinco Princípios do Judô na Vida Diária – Jigoro Kano

      John Stevens (Três Mestres do Budô – Editora Cultrix) cita que Jigoro Kano enfatizava, em suas palestras, os Cinco Princípios do Judô na Vida Diária.
        
1.      Observe cuidadosamente a si mesmo e sua situação, observe cuidadosamente os outros e observe cuidadosamente o ambiente como um todo;
2.      Tome a iniciativa em tudo o que fizer;
3.      Considere completamente, aja decisivamente;
4.      Saiba quando parar;
5.      Mantenha-se no meio, entre entusiasmo e depressão, exaustão e indolência, ousadia insana e comportamento covarde.

Kano acreditava que o treinamento do Judô Kodokan ajudaria as pessoas a se tornarem mais alertas, confiantes, decididas e focadas. O Judô Kodokan também era visto como provedor de um referencial para que a pessoa aprendesse a aplicar outro dos princípios essenciais de Kano, Jita Kyoei, “ajuda e cooperação mútuas”. Aplicados em sociedade, os princípios do Judô – diligência, flexibilidade, economia, boas maneiras e comportamento ético – seriam de grande benefício para todos.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Os dez males para um praticante de Budô e as dez virtudes para ser um Ninja



         Segundo John Stevens (Segredos do Budô – Editora Cultrix), a lista a seguir vem de um manuscrito da Escola de Kashima Shin. Todos nós, praticantes de alguma arte marcial ou não, faríamos bem se superássemos cada um desses males, que refletem as falhas do caráter.
        
Os dez males para um praticante de Budô:
1.      Insolência;
2.      Confiança excessiva;
3.      Ganância;
4.      Raiva;
5.      Medo;
6.      Dúvida;
7.      Suspeita;
8.      Hesitação;
9.      Desprezo;
10.  Vaidade.

Apesar de os ninjas serem freqüentemente vistos como os assassinos medievais japoneses, mestres em ações clandestinas, fraudes e desordens, diversas escolas de ninjutsu aspiravam manter os padrões éticos dos samurais. A seguinte lista faz parte do texto ninja Bankawa Shukai.

         As dez virtudes para ser um Ninja
1.      Lealdade;
2.      Bravura;
3.      Conhecimento Estratégico;
4.      Dinamismo;
5.      Integridade de Caráter;
6.      Boa Saúde;
7.      Responsabilidade;
8.      Simplicidade;
9.      Conhecimento dos ensinamentos de Buda e de Confúcio;
10.  Dom da Palavra.

Textos extraídos do livro "Segredos do Budô", organizado por John Stevens (Editora Cultrix).

terça-feira, 30 de julho de 2013

Vinte Regras para o Treinamento Continuado



Segundo John Stevens, em seu livro “Segredos do Budô”, os jovens samurais, no início de sua educação formal, eram instruídos por seus mentores a fazer uma cópia destes ensinamentos e depois assinar e datar o documento, como um compromisso para toda a vida.
        
         Vinte Regras para o Treinamento Continuado

1.      Nunca minta.
2.      Nunca se esqueça de ser grato a Deus.
3.      Nunca se esqueça de ser grato aos pais.
4.      Nunca se esqueça de ser grato aos professores.
5.      Nunca se esqueça de ser grato aos companheiros humanos.
6.      Não faça nada para ofender aos deuses, aos budas e aos idosos.
7.      Não aja de má vontade para com as crianças pequenas.
8.      Não aborreça os outros com seus problemas.
9.      Não há lugar no Caminho para a raiva e para a ira.
10.  Não se regozije com o infortúnio alheio.
11.  Faça o melhor que puder para fazer o que é melhor.
12.  Não vire as costas aos outros para só pensar em si mesmo.
13.  Quando comer, tenha em mente o trabalho árduo dos agricultores que cultivaram o alimento. Nunca seja devastador de plantas, árvores, solo ou pedras.
14.  Não se vista com roupas finas nem perca tempo com a aparência física.
15.  Comporte-se sempre de modo adequado, usando de boas maneiras.
16.  Sempre trate a todos como a um ilustre convidado.
17.  Para superar a ignorância, aprenda com o maior número de pessoas.
18.  Não estude ou pratique artes só para tornar famoso o seu nome.
19.  Os seres humanos apresentam pontos bons e pontos ruins. Aceite a todos e não se ria de ninguém.
20.  Esforce-se para comportar-se bem, mas mantenha em oculto as boas ações e não busque o elogio dos outros.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Os ensinamentos de Tempu Nakamura

         Tempu Nakamura (1876 – 1968) foi um filósofo popular muito influente, fundador da yoga japonesa (Shin Shin Tôitsu-dô). Depois de passar por uma juventude violenta, Tempu acabou desenvolvendo uma doença que colocou sua vida em risco aos trinta anos de idade. Ele correu o mundo em busca da cura para o seu problema, conseguindo recuperar a saúde através do Yoga. Com mais de quarenta anos, Tempu tornou-se um mestre espiritual, começando a ensinar nas esquinas das ruas. A quantidade de membros de sua associação, a Tempukai, cresceu aos milhares. Seus ensinamentos são simples, diretos e práticos.
  • O que há de mais importante para o ser humano não é o que ele ou ela tem entre as orelhas; é o que está no seu coração. Se o espírito for forte, pode-se realizar qualquer coisa.
  • Você só vive uma vez. Mantenha-se no presente. O passado já se foi, e o futuro é desconhecido.
  • Não tente remover todas as suas paixões. As paixões fazem nascer a atividade heróica. Realize sua paixão e isso lhe trará felicidade.
  • Não pense no trabalho – qualquer trabalho – como um dever. Se for um dever, ele vai tornar-se um fardo. Como você transforma um fardo num prazer? Vivendo de modo respeitoso, correto, positivo e corajoso.
  • Ao levantar-se de manhã, saúde o dia com vigor. Durante o dia, abstenha-se de pensar ou dizer: “estou confuso”, “sou fraco”, “estou triste”, “preciso de ajuda”. À noite, antes de dormir, liberte-se de seus pensamentos de tristeza, raiva ou irritação. Pense em coisas agradáveis.
  • Não trabalhe demais.
  • Reflita constantemente sobre o estado da sua mente.
  • Aproxime-se dos outros de uma maneira clara e positiva.
  • Seja sempre agradecido, honesto, gentil e agradável.
  • Fale de modo verdadeiro e honesto.
  • O corpo e a mente formam uma única entidade; a vida segue as leis naturais básicas que não devem ser violadas.
  • Sua atitude em relação à vida determina os seus resultados.
  • A melhor atitude fundamenta-se em respeito, coragem, verdade e pureza.
  • Alimente-se da energia vital sendo saudável, corajoso, decidido, determinado e vigoroso.
  • Quando você enfrentar uma situação estressante: contraia o ânus; concentre-se na parte inferior do abdomen; e, relaxe os ombros.
Texto extraído do livro "Segredos do Budô - Ensinamentos dos Mestres das Artes Marciais", organizado por John Stevens (Ed. Cultrix).

sábado, 27 de julho de 2013

Princípios do Budô

História
O Budô foi uma derivação do antigo bujutsu, conjunto de disciplinas que eram colocadas em prática nas batalhas durante o período Sengoku-jidai, que durou cerca de 150 anos, entre a metade do século 15 e início do século 17. No Sengoku-jidai, os samurais lutavam por sobrevivência.
Ao contrário do conturbado período de guerras do Sengoku-jidai, o período Edo (1603 - 1867), também conhecido como Período Tokugawa, foi marcado pela paz no arquipélago. Com o fim das guerras, as técnicas de lutas que os guerreiros travavam foram ensinadas às pessoas comuns. Criou-se, então, um código oral em que o “espírito da esgrima” (ken-no-kokoro), considerado a base do Bushidô (Caminho do Samurai), foi transmitido para os praticantes. E como não havia um inimigo, as lutas ganharam características de competição. Para que o caráter competitivo não tomasse conta dos treinamentos, o Budô foi introduzido para ser o caminho espiritual por meio do qual o praticante das lutas de artes marciais atingiria a iluminação.    
Pode-se então dizer que os objetivos do Budô estão intimamente ligados ao objetivo definitivo da filosofia Zen, que consiste na eliminação do ego, dos preconceitos e ilusões criadas pela mente humana, apegada aos prazeres da Terra.
Durante o Período Edo, surgiram centenas de escolas e modalidades de bujutsu (práticas de combate) com diferentes técnicas, definições e métodos. Essas novas lutas se caracterizaram nas atuais artes marciais japonesas que tem como fonte principal o Budô.
Quem bebeu dessa fonte e se tornou um dos símbolos do ideal budoka foi o samurai Miyamoto Musashi. Depois de muitas lutas vencidas, o guerreiro percebeu que o objetivo das artes marciais ia além da técnica e da aniquilação do adversário. É, então que ele entende a filosofia do Budô.
Assim como a técnica requer prática, para um budoka atingir suas metas, ele precisa praticar incessantemente as premissas do Budô. Aliada à prática, o estudo teórico também é importante para atingir a serenidade diante das situações complicadas da vida.

O que um guerreiro deve seguir
A fim de conservar os princípios básicos do Budô, a Associação Japonesa de Budô decidiu escrever, em 1987, uma Carta do Budô, em que estabelece alguns ‘mandamentos’ para a prática:
1. Por meio do treino mental e físico é possível formar o caráter do budoka, de modo a tornar um indivíduo disciplinado e de bem;
2. Agir com cortesia e respeito durante o treino e desenvolver o equilíbrio entre o corpo, a mente e a técnica. Evitar a tentação de perseguir apenas a técnica de luta corporal;
3. Ter a humildade e autocontrole durante uma competição ou formas definidas de combate (kata);
4. Demonstrar respeito e cortesia no dojô;
5. Os professores devem encorajar a evolução dos seus alunos e não devem dar ênfase somente às competições ou habilidade técnica;
6. As pessoas que promovem o Budô devem ter mente aberta para compreender os valores tradicionais japoneses. Elas devem desenvolver pesquisas e metodologias de ensino para a sua divulgação;
7. Não importa quão rápido seja o movimento, este deve emanar de uma essência calma e silenciosa;
8. A adversidade não faz esmorecer um praticante do budô, ajuda-o a florescer;

O que o guerreiro deve evitar
Os dez males aos quais um budoka não deve se entregar, segundo um manuscrito da Escola de Kashima Shin:
- insolência;
- confiança excessiva;
- ganância;
- raiva;
- medo;
- dúvida;
- suspeita;
- hesitação;
- desprezo;
- vaidade
 (retirado do livro Segredos do Budô, organizado por John Stevens. Editora Cultrix, 11ª edição)

terça-feira, 16 de julho de 2013

Uma breve introdução

Todas as coisas possuem uma essência divina interior e uma maravilhosa função exterior. A essência de uma árvore manifesta-se em suas flores maravilhosas e na sua folhagem abundante. A essência da árvore não poderia ser percebida se não houvesse flores e folhas. Os seres humanos possuem uma essência divina interior que não pode ser vista, mas que se manifesta com as maravilhosas técnicas do budô.
(Trecho extraído do livro Segredos do Budô, de John Stevens)


Conta-se na mitologia japonesa que existe um demônio repressor, chamado Shoki, que age de maneira muito dinâmica, pronto para subverter um oponente. Há também um duende das águas, o Kappa, que assume uma posição natural e descontraída. Assim que surge uma oportunidade na defesa do adversário, o Kappa entra em ação. Essa capacidade de assumir as duas posturas, ataque e defesa, de acordo com as circunstâncias pode ser chamada, atualmente, de Budô, filosofia que inspirou todas as artes marciais japonesas atuais, como Aikidô, Judô, Jukendô, Karatê, Kendô, Kyudô, Naguinata, Shorinji-kempo e Sumô. Formada pelos ideogramas “bu”, que significa “guerreiro”, e “do”, que significa “caminho”, essa filosofia tem forte influência do zen-budismo, uma vez que estipula como meta final a iluminação do ser.
Portanto, pode-se dizer que a prática do Budô vai muito além das lutas nos tatames. Ela é a bússola para o caminho espiritual do budoka, praticantes dessa arte. Aos olhos de todas as artes marciais japonesas modernas, o Budô é compreendido como a relação entre a ética e a cultura japonesas. Não desanimar diante das adversidades, mas sim aprender com os desafios, ser disciplinado e respeitar o oponente são alguns dos ensinamentos do Budô. Pensando assim, não só um praticante de artes marciais, como qualquer pessoa pode utilizar os ensinamentos do Budô para controlar suas emoções e impulsos, tornando-se assim, um verdadeiro guerreiro iluminado.

História
O Budô foi uma derivação do antigo bujutsu, conjunto de disciplinas que eram colocadas em prática nas batalhas durante o período Sengoku-jidai, que durou cerca de 150 anos, entre a metade do século 15 e início do século 17. “No Sengoku-jidai, os samurais lutavam por sobrevivência. As técnicas começaram a ser valorizadas no Período Edo”, explica Masaru Kanzaki, mestre de Kobudo, a arte dos samurais, a mais antiga arte marcial japonesa.

Ao contrário do conturbado período de guerras do Sengoku-jidai, o período Edo (1603 - 1867), também conhecido como Período Tokugawa, foi marcado pela paz no arquipélago. Com o fim das guerras, as técnicas de lutas que os guerreiros travavam foram ensinadas às pessoas comuns. Criou-se, então, um código oral em que o “espírito da esgrima” (ken-no-kokoro), considerado a base do Bushidô (caminho do samurai), foi transmitido para os praticantes. E como não havia um inimigo, as lutas ganharam características de competição. Para que o caráter competitivo não tomasse conta dos treinamentos, o Budô foi introduzido para ser o caminho espiritual por meio do qual o praticante das lutas de artes marciais atingiria a iluminação. Pode-se então dizer que os objetivos do Budô estão intimamente ligados ao objetivo definitivo da filosofia Zen, que consiste na eliminação do ego, dos preconceitos e ilusões criadas pela mente humana, apegada aos prazeres da Terra.

Durante o Período Edo, surgiram centenas de escolas e modalidades de bujutsu (práticas de combate) com diferentes técnicas, definições e métodos. Essas novas lutas se caracterizaram nas atuais artes marciais japonesas que tem como fonte principal o Budô.
Quem bebeu dessa fonte e se tornou um dos símbolos do ideal budoka foi o samurai Miyamoto Musashi. Depois de muitas lutas vencidas, o guerreiro percebeu que o objetivo das artes marciais ia além da técnica e da aniquilação do adversário. É, então que ele entende a filosofia do Budô.
Assim como a técnica requer prática, para um budoka atingir suas metas, ele precisa praticar incessantemente as premissas do Budô. Aliada à prática, o estudo teórico também é importante para atingir a serenidade diante das situações complicadas da vida.

Fonte: madeinjapan.uol.com.br